quinta-feira, janeiro 03, 2008

AMADORA – PISTA DE SKI

Vista do IC19, a obra em curso no alto da Damaia, quase em frente ao Continente da Amadora, não faz pensar em nada já visto. Uma rampa enorme, coberta de betão e com um declive acentuado, termina no alto de um morro tal como nasce na sua base: abruptamente. Nas imediações ultima-se um espaço de estacionamento, mas nada indica a natureza da intervenção, nem sequer a entidade responsável por ela.
"Aquilo deve ser uma base de lançamento de mísseis", comenta alguém no parque do hipermercado. Embora inédita na região de Lisboa, a coisa revela-se, afinal, menos insólita do que uma instalação militar de alta tecnologia. "O que estamos ali a fazer é uma pista de esqui semelhante à que existe em Manteigas, para funcionar no Verão e no Inverno", explica Gabriel Oliveira, vereador das Obras da Câmara da Amadora.

O projecto, integrado no futuro Parque Urbano da Atalaia, contempla a criação de duas pistas de esqui - uma com 170 metros de comprimento por 16 de largura (a rampa que se vê de longe) e outra para aprendizagem, com 50 por 25 -, uma pista de skate e uma outra de patinagem sobre gelo.

O complexo, que está já vedado e se situa junto aos reservatórios de água da Atalaia, perto da Clínica da Reboleira, incluirá ainda uma zona de apoio para restauração e um espaço para aluguer de esquis, patins e outros equipamentos. Por agora, no terreno, vê-se apenas a base das duas pistas de esqui, em betão, as torres de iluminação que permitirão o uso nocturno das instalações, o parque de estacionamento e a vedação.

De acordo com o autarca, as pistas de esqui não disporão de neve artificial, mas sim de um pavimento especial, "tipo alcatifa", que dá aos utilizadores uma sensação idêntica à da neve. "Trata-se de um tapete moderno, que não tem nada a ver com o de Manteigas e que tem por baixo uma base acolchoada. A superfície é branca e tem sempre água a deslizar, o que contribui para criar o efeito do esqui." Para que a semelhança com o desporto verdadeiro seja maior, os equipamentos são os mesmos, à excepção dos batons em que os esquiadores se apoiam, que não terminam em bico como os originais. A pista principal terá capacidade para 300 pessoas em simultâneo.
O acesso ao futuro Ski-Skate Amadora Parque estará sujeito ao pagamento de "uma quantia mínima". "O bilhete será mais para controlar as entradas, porque se não fosse assim haveria tanta gente que nem se conseguia lá andar", diz Gabriel Oliveira.

A gestão do espaço caberá ao Radical Skate Clube, associação local que já celebrou protocolo com o município e pretende criar ali "um pólo de desenvolvimento desportivo" não só de esqui e skate, mas também de patins em linha, snowboard e BMX. A construção do complexo está a cargo da empresa Pimenta & Rendeiro, que assume os respectivos custos, estimados em perto de meio milhão de euros, no quadro da urbanização da zona envolvente. "A câmara só paga a construção do estacionamento", garante o vereador das obras.

Metro de Superficie na Amadora a partir de 2009

Transporte de superfície deverá ter um custo de onze milhões de euros
A primeira fase do metro de superfície da Amadora, que ligará seis freguesias do concelho numa extensão de sete quilómetros, deverá estar concluída em Maio de 2009 e custará onze milhões de euros, divulgou esta quinta-feira a autarquia, noticia a Lusa.
Durante uma cerimónia de apresentação do projecto, na estação de metro Amadora-Este, o vereador dos Transportes na Câmara da Amadora, Gabriel Oliveira, explicou que o novo meio de transporte permitirá reduzir em quase cinco mil toneladas a emissão anual de dióxido de carbono, já que não é poluente e motiva a redução de viaturas ligeiras e dos tradicionais autocarros no centro da cidade.
«Os rodados são com pneus de borracha, possibilitando subir pendentes topográficas acima dos doze a quinze por cento, enquanto nos rodados metálicos [carris] não se ultrapassa os sete por cento», exemplificou o responsável, sublinhando que o metro ligeiro de superfície apresenta também custos seis vezes mais económicos,
«Os impactos são muito poucos: só se gasta com a aquisição de equipamento, semaforização dos cruzamentos, correcção de arruamentos, instalação de uma catenária e pavimentos de cor diferente», referiu.
Face ao metro ligeiro em carril, o metro em rodado de borracha - «amigo do ambiente» - apresenta ainda como vantagens uma reduzida produção de ruído e a capacidade de se manobrar em espaços menores.
Na sua primeira fase, a concluir até Maio de 2009, o metro de superfície irá ligar as estações de metro Amadora-Este e Reboleira (esta ainda por construir) ao futuro centro comercial Dolce Vita Tejo, passando pelas freguesias da Venda Nova, Falagueira, Mina, São Brás e Brandoa.
Ao longo de sete quilómetros, quinze a vinte paragens semelhantes às dos autocarros receberão diariamente quinze a vinte mil passageiros.
Segundo Gabriel Oliveira, trata-se de um investimento - sem percentagens definidas - do Estado, da Câmara Municipal da Amadora e do Dolce Vita, mas a autarquia está ainda a tentar envolver outros privados.
Segunda fase levará transporte a Loures e Odivelas
Numa segunda fase, o troço será estendido aos concelhos de Loures e Odivelas, não se conhecendo ainda os prazos e investimentos da obra.
«Os contactos com Loures estão quase fechados. No caso de Odivelas, a Câmara ainda tem de definir o projecto», explicou.
Presente na divulgação do projecto, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, elogiou a «iniciativa municipal» da Amadora na construção do metro ligeiro e definiu o projecto como uma «referência de partilha de responsabilidades» entre os sectores púlico e privado.

Metro chega à Reboleira no 1º trimestre de 2011

Concurso para construção e extensão oficialmente lançado Os portugueses vão poder ir de qualquer ponto do Metropolitano de Lisboa até à estação ferroviária da Reboleira no primeiro trimestre de 2011.
A garantia foi dada pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, numa conferência de imprensa, esta quinta-feira, para lançamento do concurso de público internacional de concepção e construção do prolongamento da linha azul do Metro.
A nova estação que estará ligada por 800 metros à Amadora-Este, tem um custo estimado de 55 milhões de euros que será feito com recurso ao crédito bancário e ao Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC). Este montante será repartido em dois: primeiro para a construção das ligações e galerias no valor de 35 milhões e o restante será para o fornecimento do sistema de sinalização e de bilhética.
O primeiro concurso foi assim oficialmente lançado. As propostas, para as quais a governante diz ter muitas empresas interessadas, vão ser entregues a 10 de Abril. Ainda de acordo com o presidente do Metropolitano de Lisboa, Joaquim Reis, a adjudicação será no início do mês de Junho e, daí passados três meses, será iniciado o projecto de execução.
Estação vai servir mais 4 milhões de passageiros/ano
As estimativas é de que este prolongamento leve a um acréscimo de 4 milhões de passageiros por ano e a uma procura, em hora de ponta, de 2 mil a 2,5 mil utentes. Ana Paula Vitorino salienta ainda que esta nova estação vai permitir ligar o comboio, o metro, o autocarro e o táxi, ou seja, um «reforço da intermodalidade».
Paralelamente, haverá ainda uma nova linha de transporte colectivo de iniciativa municipal, o «trólei-bus», que fará a ligação entre a estação da Reboleira, a Amadora-Este e o Casal da Mira.
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